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sábado, 5 de dezembro de 2009

05 de dezembro de 2009 - MOSTRA CULTURAL

05 de dezembro de 2009 - MOSTRA CULTURAL (das 10h. até as 15h., aberta ao público).

Arrisco nomear de Mostra da Diversidade Cultural, Mostra da Persistência Pedagógica.

Mostra da Diversidade Cultural:
Nas classes foram expostos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, de acordo com a temática de cada série do ciclo; no palco deu-se uma grande diversidade cultural, desde o Hip Hop até a Música Clássica; no 4º ano D alunas fizeram peças teatrais interagindo com os presentes, por meio de confecção de dobraduras relacionadas a cada lenda contada; no corredor superior, professora da Sala de Apoio Pedagógico interagia, junto com seus alunos, com os presentes, a partir de tema natalino.

Mostra da Persistência Pedagógica:
Produziu-se e mostrou-se muito com o pouco disponível. Infelizmente o ano está em seus momentos finais e o estoque de materiais disponíveis para confecção de trabalhos também, o que causou certo estresse. Estresse esse que levou a ruidos enormes de comunicação entre gestores e docentes (e vice versa). Detalhe especial, nesta falha de comunicação: esqueceu-se de convidar formalmente, via convite antecipado, os discentes e seus familiares (ocorreu apenas o convite feito pelos docentes para suas respectivas turmas), o que culminou em baixíssima presença da comunidade local (até que vieram muitos, se for considerado a falta de solenidade no convite).

Mostra Cultural ao longo dos anos
A primeira mostra cultural que a EMEF M. E. R. teve foi em 1997, por ocasião do aniversário de seu patrono, um educador militar praticamente desconhecido. Diante disso, optou-se em festejar o grande educador, conhecido mas muitas vezes deturpado, Paulo Freire. Dai o título, por anos, de Mostra Cultural Paulo Freire.

Em suas primeiras edições (1997 a 2000) a Mostra Cultural Paulo Freire teve enorme adesão da comunidade local, a qual já estava em grande quantidade antes mesmo dos portões serem abertos, e permanecia nas dependências da Escola até mesmo após o horário previsto para o término.

A partir de 2000 sentiu-se um progressivo desinteresse por parte da comunidade local em participar das atividades abertas da EMEF M. E. R. Muitos atribuem o fato da Escola receber, naquele ano, alguns alunos recem chegados no bairro, que não tinham tradições em participar. Outros atribuem o fato a mudança da equipe gestora da Escola, equipe essa que esteve à frente de mudanças enormes na escola, no que diz à identificação da comunidade local com a unidade escolar.

Desde então, a Mostra Cultural perdeu o nome de seu homenageado, e foi perdendo a adesão da população local, se bem que a comunidade ainda frequentava-na em quantidade grande. Em 2008, quando muitos professores que conduziam com entusiasmo a Mostra Cultural se aposentaram ou se removeram, o evento passou a ser encarado apenas como uma reposição prevista em calendário escolar, traduzindo, de certa forma, um clima interno que vinha se estabelecendo na escola já há algum tempo e, agora criou raizes e cresceu: trocar a Educação (no sentido amplo, de formação do ser humano integral) pela educação (mero cumprimento de calendário e orientações curriculares); trocou-se o
entusiasmo pelo burocrático. E a Mostra Cultural, como um termômetro de envolvimento da Comunidade com a Escola, mostrou o grande distanciamento entre ambas (isto não quer dizer que não haja mais educadores comprometidos e famílias que desejam continuar participando - existem sim, mas sentem que seu espaço está cada vez mais limitado).

Mostra cultural como registro histórico
Desde o inicio a Mostra Cultural foi registrada por alguns professores, ora para seu arquivo pessoal, ora para perpetuar esses momentos importantes. Mas nenhum desses registros teve caráter institucional. Ou seja: a Escola não possui um registro formal, de seu uso e propriedade, das Mostras Culturais. Há necessidade urgente de se resgatar esse registro institucional, é uma questão de identidade.

Mostra Cultural na Era da Informática
Quem não registra sua história corre o risco de perder o controle sobre a mesma (a História do Brasil que o diga, sempre registrada pelos "de fora", nunca pelo seu povo, conservado por muito tempo no analfabetismo).

Hoje o analfabetismo é outro: não possuir conhecimentos de informática para usá-los em seu benefício. Dai a necessidade de encarar com seriedade e urgência o registro da Mostra Cultural e disponibiliza-lo de forma informatizada.

Veja bem: esse registro e divulgação via novas mídias os alunos já fazem (por meio de seus telefones celulares e das diversas redes sociais), quer queiramos ou não. Precisamos acordar para essa realidade e fazermos nossos registros de forma pedagógica e organizada. Precisamos ter cuidado em utilizar a internet sim (ela é como a rua de nossa casa - por isso não devemos abrir a porta a qualquer um), mas evitar paranóias do tipo "nada pode", "tudo é proibido", "tudo é perigoso" etc. Enquanto pensamos e agimos assim, outros fazem e divulgam o registro em nosso lugar e, pior ainda, das formas das quais não gostaríamos e sem que possamos ter qualquer tipo de controle sobre isso.

Nesse sentido precisamos encarar a internet como uma poderosa ferramenta de divulgação de nossos eventos, de nossa memória. A questão de privacidade deve existir sempre sim, devem haver critérios sérios na divulgação de imagens, com toda certeza. Mas ignorar que, em qualquer lugar estamos sendo filmados/fotografados e que essas imagens podem ser usadas em nosso favor (ou não) é viver no analfabetismo referido anteriormente aqui.

Como disse, certa vez, um advogado, quem não quer ter sua imagem divulgada, nessa sociedade informatizada, deve sair com um saco de papel na cabeça, cobrindo-a. Segundo esse mesmo advogado o que se pode questionar é o uso da imagem , não a imagem em si. E usar a imagem de uma Mostra Cultural como perpetuação de algo belo e importante, é muto diferente do que usa-la de modo aleatório, sem sentido algum - como muitos fazem e nós nem desconfiamos.

Por isso a insistência desde 2006: registro organizado, com finalidade clara e divulgação. Pode ser uma forma de resgatar a identidade um tanto perdida da Mostra Cultural, como posto neste artigo.

Em tempo:
Estou disponibilizado, como costume, para a Escola, cópia de meu aquivo pessoal, a fim de que a mesma comece a organizar e publicar um acervo sobre a Mostra Cultural. Espero também a autorização de veicular as imagens mais genéricas (aquelas que não são closes, por exemplo) em meus blogs particulares (nem isso posso, mas outros podem, e sem critério algum).

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