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Jaguare

ESTUDANDO NOSSO BAIRRO, JAGUARÉ
Fotos:

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Quarteirão do CEU Jaguaré:

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>> Mapa (trabalhado em aula - Picasa Web)


>> Satélite (foto, Google Maps)  


>> C.E.U. Jaguaré (Google Street)


>> Dados Históricos (resumo)  (em .pdf)


>> Dados Históricos (em .pdf)



Jaguaré em imagens - editado para fins pedagógicos. No sentido horário (dos ponteiros do relógio, do alto, da esquerda para a direita): Mirante (Relógio do Jaguaré),;Planta da região paroquial da Paróquia São José do Jaguaré; Vista de uma parte do Centro Industrial, a partir do Mirante; Paróquia São José do Jaguaré . Créditos: Wikipédia.


Por volta de 1925, alguns imigrantes europeus encontram-se instalados nos arredores do futuro distrito, ocupados por fazendas, sítios e chácaras. A região que compreende o Jaguaré propriamente dito era uma grande fazenda de 165 alqueires, pertencente à Companhia Suburbana Paulista, empresa responsável pelo loteamento de terras, fundada por Ramos de Azevedo. O nome “Jaguaré” deve-se ao ribeirão, que nascia em Osasco e cortava a região até desembocar no rio Pinheiros. O vocábulo tem sua origem no tupi-guarani e significa lugar onde existem onças, em referência aos felinos que habitavam as matas dessa região.


Em 1935, a fazenda é adquirida pela Sociedade Imobiliária do Jaguaré, empresa criada por Henrique Dumont Villares, engenheiro agrônomo, sobrinho e afilhado de Santos Dumont. Henrique Dumont Villares idealizou um projeto de urbanização para a região, dividindo-a em áreas residenciais, comerciais e industriais. As ruas foram desenhadas de modo que o centro comercial fosse rodeado por residências e estas pelas indústrias. No ponto mais alto do Jaguaré, ergueu-se um mirante dotado de uma torre com relógio e sino, cuja função era servir de símbolo ao novo bairro.


No entanto, o rio Pinheiros já constituía uma barreira natural que limitava a circulação das pessoas e atrapalhava o plano de instalar um centro industrial na região. Em 1940, para sanar o problema, Henrique Dumont Villares doou à prefeitura a quantia de 700 réis a serem aplicados na construção da ponte do Jaguaré. O Grupo Matarazzo foi o primeiro a instalar uma fábrica na região. Com a conclusão da ponte, na década de 1940, outras dezenas de indústrias se instalariam no Jaguaré, incentivando o estabelecimento de funcionários e comerciantes e iniciando um período de grande crescimento econômico e demográfico. Em meados do século XX, o bairro já era considerado um dos mais industrializados da cidade, com mais de 125 fábricas e indústrias de pequeno, médio e grande porte. Em 1945, um grupo de missionários canadenses funda a Igreja de São José do Jaguaré, a primeira do bairro, e em 1947, em parceria com os padres da Congregação de Santa Cruz, Henrique Dumont funda o Externato Jaguaré, primeiro colégio da congregação no país. Henrique Dumont também doou à prefeitura uma área de aproximadamente 150 mil m², para que nela fosse implantada uma área de lazer. O espaço, no entanto, nunca foi aproveitado, e passou a ser invadido a partir das décadas de 1960 e 70, com a intensificação da migração para a cidade. Hoje, a área constitui a Vila Nova Jaguaré.



Nas décadas seguintes, prossegue a expansão da região e novos bairros são incorporados ao distrito, como Parque Continental (na divisa com Osasco), Vila Graziela, Vila Lageado e Conjunto Butantã. O longo período de recessão econômica iniciado nos anos 70 e agravado nos anos 80, afetou profundamente o distrito, com a saída e fechamento de várias empresas. Apesar disso, o Jaguaré se mantém como importante centro industrial. Em 1975 foi inaugurado o Shopping Continental, o primeiro centro comercial da região, e grandes empreendimentos imobiliários têm influenciado a verticalização em alguns bairros do Jaguaré, onde, em geral, predominam as casas térreas e sobrados.